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Imóveis em frente à Redenção são desapropriados para ampliar o HPS

Propriedades devem abrigar serviços de apoio; prazo de entrega das chaves vai até maio

03-02-2015

Atendendo todas as semanas a cerca de 300 crianças com deficiência mental e em situação de vulnerabilidade social, a Clínica Pública Ser está na iminência de mudar de endereço. Ela atua em uma das cinco propriedades localizadas na avenida José Bonifácio, aos fundos do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), que serão desapropriadas pela prefeitura e incorporadas à instituição. Os imóveis, depois de desocupados, devem abrigar setores administrativos e serviços de apoio, hoje instalados dentro do prédio principal do hospital. A previsão é de que a saída de moradores e comerciantes seja concluída até maio.

No momento, ninguém sabe bem como – e onde – será possível manter em funcionamento a estrutura da clínica, que atua há mais de trinta anos e envolve sete diferentes salas, em vários níveis de atendimento. Kelen Brandão, administradora da clínica e que atua há 20 anos na instituição, agarra-se à esperança de manter as atividades no local – ou, ao menos, de atrasar ao máximo a entrega do imóvel. O aluguel do espaço, negociado diretamente com o proprietário, está abaixo dos valores de mercado. Uma mudança de sede pode obrigar a clínica a atuar em um espaço menor, o que limitaria a capacidade de atendimento do projeto.

“Nosso endereço tornou-se uma referência para famílias de toda a cidade”, argumenta Kelen. “Isso praticamente nos obriga a continuar na região central. 

Nossa atividade é pública, somos conveniados à prefeitura. Vamos tentar ficar aqui até quando for possível”, garantiu.

Carlos Gerhart, vizinho da clínica e proprietário do Café Coletânea, não cultiva mais esperanças. O local, que há quase 20 anos serve bebidas e refeições leves de frente para o Parque Farroupilha, a Redenção, já está em clima de fim de festa. Gerhart, que comprou o negócio há cerca de uma década, inclusive já avisou aos três funcionários que, a partir de maio, todos estarão livres para procurar um novo emprego. Rita Santos, que trabalha no local há 13 anos, prevê dias difíceis sem o salário que usa para sustentar a família e pagar o aluguel da casa da filha, em Alvorada. Com 44 anos de idade, ela teme que seja difícil ter carteira assinada em outro local. “Não tem nem por onde começar”, lamenta.

“Os clientes perguntam para onde a gente vai, se vamos nos manter aqui perto, mas achar um ponto como esse no bairro é impossível. Vendi um terreno, investi o que tinha nesse ponto, e estão levando embora meu negócio. A indignação é muito grande”, comenta Gerhart. Desde a comunicação de interesse da prefeitura, em 2011, o comerciante tem conversado com advogados para tentar ao menos uma indenização. As perspectivas, porém, abateram o ânimo de Gerhart. “Os donos de negócio não têm direito a nada”, lamenta.

Dos cinco imóveis, apenas um deles é usado de forma residencial. Matheus José Machado Dutra, estudante de 21 anos, calcula que sua família reside há pelo menos 90 anos no local. A longa história familiar do imóvel deve ser encerrada em abril, quando os Dutra entregarão as chaves. Eles agora aguardam a definição sobre a indenização, enquanto procuram por uma nova casa. “Eu já aprendi a aceitar que vamos embora, mas, especialmente, meu pai sofreu muito. Ele cresceu aqui. Nenhuma outra casa vai ter esse valor para nós”, diz ele.

Áreas não serão demolidas, garante hospital

De acordo com Danilo Braun, diretor administrativo do HPS, não está prevista a construção de novos edifícios ou a demolição das casas atingidas pela desapropriação. Os imóveis serão, segundo ele, utilizados para instalações auxiliares, como arquivo médico, setor financeiro e almoxarifado. “São áreas que qualquer empresa possui. Não há motivo para manter essa atividades dentro da estrutura principal do hospital”, afirma Braun. As salas livres no prédio, segundo ele, serão redirecionadas para ampliar a capacidade ambulatorial e de internação da instituição.

A área anexada ao HPS deverá também gerar uma entrada extra para veículos, voltada para os servidores e para carga e descarga. Atualmente, essas atividades fazem uso do mesmo acesso destinado às ambulâncias, o que provoca congestionamento e acaba por atrasar atendimentos. Será necessário um processo de avaliação antes de qualquer intervenção nos imóveis anexados, já que parte das propriedades são consideradas de interesse histórico pela prefeitura de Porto Alegre.

Um dos imóveis, onde funcionava até o fim de 2014 a creche Tempo de Crescer, já foi entregue e está liberado para ocupação do HPS. Desde janeiro, a escola infantil está em nova sede, localizada na Florêncio Ygartua. Após reformas, a entrega definitiva do imóvel deve ocorrer entre fevereiro e março. Caso as outras propriedades estejam de fato desocupadas até maio, a previsão é de que fiquem à disposição do hospital a partir de julho.

Veículo
Jornal do Comércio

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