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Estado foca em pontos de entrada contra o ebola

Aeroporto Salgado Filho, Porto do Rio Grande e municípios localizados nas fronteiras terão monitoramento fortalecido

24-10-2014

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) apresentou nesta quinta-feira seu plano de ação e enfrentamento ao vírus ebola a suas regionais. As ações de vigilância previstas para eventuais casos da doença no Brasil foram formuladas a partir de orientações do Ministério da Saúde (MS). O foco no trabalho de detecção, isolamento e atendimento de pessoas suspeitas de terem contraído ebola será em pontos de entrada no Estado, como o Aeroporto Salgado Filho, o Porto do Rio Grande e os municípios de fronteira.

Segundo a médica sanitarista e responsável pela elaboração do plano de ação na SES, Marilina Bercini, como o Brasil não possui casos de transmissão do vírus, o principal objetivo é identificar viajantes que estiveram em Serra Leoa, Libéria ou Guiné – que são os países onde está ocorrendo o surto – nos 21 dias anteriores e apresentam febre hemorrágica, que aparece como febre alta, dor e manchas vermelhas na pele. “O plano é uma organização dos vários atores envolvidos no enfrentamento da doença, de forma que nos pontos de entrada no Estado haja identificação dos suspeitos e as ações sejam desencadeadas”, explica.

O MS equipou o Hospital Evandro Chagas, do Rio de Janeiro, para ser a instituição de referência nacional para casos de contaminação do vírus. Quando diagnosticados com os sintomas, os pacientes serão isolados, removidos pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) até o local regional de referência, que, no caso do Rio Grande do Sul, é o Hospital Conceição. De lá, serão transportados para a instituição carioca. O monitoramento se dará durante 21 dias, tempo de contágio do ebola, que só ocorre quando os sintomas já são aparentes.

A preocupação, conforme Marilina, é garantir a segurança dos profissionais de saúde que tiverem contato com pessoas com suspeita da doença. “A contaminação não é por via respiratória, o que tranquiliza, de certa forma. Ela se dá através do sangue ou de secreções do infectado, como vômito e diarreia. Suor e saliva, por exemplo, têm uma quantidade baixa de vírus, o que torna muito difícil o contágio”, destaca. Normalmente, a transmissão se dá para de uma a duas pessoas, por paciente. As orientações estão sendo repassadas para as equipes do Interior, a fim de evitar pânico e deixar claro sobre a fase de contaminação. 

Se houver casos suspeitos, a pessoa é mantida em isolamento, e uma amostra de seu sangue é levada para o Pará, no Instituto Evandro Chagas, onde é realizada a análise. Se o resultado for positivo, o paciente é tratado, seguindo as normas de segurança estabelecidas. Contudo, se o primeiro exame der negativo, é feito um segundo teste e, se o resultado for novamente sem identificação do vírus, o caso é descartado. Foi o que aconteceu em relação ao suspeito de portar ebola em Cascavel, no Paraná. Até agora, esse foi o único caso de possibilidade do vírus no Brasil.

No Estado, há em torno de 500 profissionais da saúde envolvidos com a prevenção ao ebola, entre funcionários estaduais e municipais. A capacitação deles ocorre por etapas. “Agora, estamos trabalhando com os municípios-sede regionais, os de fronteira e os com mais de 100 mil habitantes, pois quanto mais pessoas, maior a circulação e a ocorrência de viagens”, analisa a médica sanitarista.

Como não há nem mesmo suspeitas de casos no País, o plano de ações está em seu nível mais baixo de ativação. “Se a situação se agravar na África, o nível pode aumentar e, aí, teremos que pensar em mais hospitais de referência, capacitação de equipes, compra de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) e, possivelmente, um aumento no número de laboratórios de diagnóstico por parte do MS”, pondera Marilina.

A quantidade de equipamentos de prevenção da contaminação por ebola em Porto Alegre está adequada. O Estado ainda está os adquirindo e distribuindo. Tratam-se de equipamentos de proteção aos profissionais, como máscaras, luvas, aventais, gorros, óculos, macacões, botas, cobre-botas e protetores faciais.

De acordo com a médica, atualmente, 50% das pessoas que contraem o vírus vão a óbito, percentual que aumentou, visto que começou com 10%. “Os países com a epidemia estão recebendo ajuda internacional, então estimo que, daqui a dois ou três meses, o surto acabará. Irão acontecer outros, pois é um ciclo, mas, como o ebola tem origem animal, através de um tipo de morcego que não temos aqui no Brasil, nosso foco deve ser somente em viajantes, mesmo em situações de novos surtos”, garante.

Veículo
Jornal do Comércio

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