Espanha pede tranquilidade e promete transparência sobre ebola
Auxiliar de enfermagem em Madri foi contaminada pelo vírus
O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, pediu nesta quarta-feira aos compatriotas que mantenham a calma e se comprometeu a informar com transparência sobre o vírus ebola, que contaminou uma auxiliar de enfermagem em Madri. "No momento, o que temos que fazer é permanecer atentos, mas mantendo a tranquilidade", declarou Rajoy no Congresso, ao responder uma pergunta do líder da oposição, Pedro Sánchez, do Partido Socialista (PSOE).
Na primeira declaração sobre o tema, durante a qual não falou o nome da vítima, o líder conservador se comprometeu a apresentar "qualquer informação que se possa dar ao conjunto da opinião pública e, portanto, transparência total na matéria".
Para o chefe de Governo, a prioridade é "atender todas as pessoas que contraíram a doença" - uma até o momento -, "vigiar as pessoas que estiveram em contato, investigar o motivo por que o contágio aconteceu e explicar à população as situações em que pode ocorrer a infecção". Antes, Rajoy criticou o governo pelos cortes na saúde pública e as tentativas de privatização do setor, assim como a estratégia de comunicação da ministra da Saúde, Ana Mato.
Para Sánches, quando a ministra falou, "provocou mais incertezas e mais angústia na opinião pública". Na segunda-feira, uma auxiliar de enfermagem do hospital La Paz de Madri, que havia integrado a equipe que atendeu um dos missionários espanhóis infectados na África, se tornou a primeira pessoa a contrair o vírus ebola fora da África.
Mais internados
Mais três pessoas foram internadas nessa segunda-feira no hospital de Madri que trata os infectados pelo ebola, mas apenas o marido da auxiliar de enfermagem contaminada apresenta alto risco, anunciaram as autoridades.
Os "casos suspeitos" incluem o marido da auxiliar que contraiu o vírus depois de tratar dois missionários infectados repatriados da África, uma enfermeira e um profissional que acaba de retornar do exterior, informou o diretor de medicina interna do hospital La Paz-Carlos III, Francisco Arnalich. Ele destacou que nenhum resultado positivo foi registrado.
Veículo
Correio do Povo