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Por que o homem é tão resistente a procurar médicos?

É fato: os homens não têm o hábito de fazer exames ou consultas de prevenção

02-11-2020

Mesmo que campanhas de saúde pública, como de prevenção ao câncer de próstata, ou de cuidados com o coração, tenham ajudado a mudar esse panorama, a realidade ainda mostra que os homens, em geral, têm certa resistência a entrar no consultório médico.

O urologista Marcus Falcão Bohmgahren acredita que esse comportamento se deve ao “vazio” instalado quando o homem atinge a adolescência: “No caso da mulher, depois do pediatra, é encaminhada ao ginecologista. Já os homens ficam nesse vácuo, não são normalmente encaminhados a um urologista ou clínico geral. Por isso, não adquirem o hábito de consultas ou exames de rotina, e só procuram um médico quando têm algum sintoma”.

A endocrinologista Daniela Mendes também cita o fator comportamental: “Pela influência histórica e cultural, o homem não foi habituado a falar e relatar percepções do próprio corpo e mente. Muitas vezes, a percepção de sintomas, dores, sensações desconfortáveis são pouco conscientes e assim não são expressas por eles. Logo, não procuram o médico porque não se sentem doentes”.

Por sua vez, o cardiologista Cidio Halperin observa que este não é um fenômeno regional, mas sinaliza que as gerações mais jovens já estão mudando essa forma de agir: “Quando não há prevenção, o homem já chega doente ao consultório, e a qualidade de vida decai rapidamente. Os mais jovens já estão começando a entender que a prevenção, muitas vezes, evita situações difíceis, desgastes e até mesmo custo financeiro”.

Essa constatação é compartilhada pela endocrinologista: “Percebo que, nas gerações mais jovens, o homem já é visto como uma pessoa, independentemente de gênero, suscetível a qualquer doença. O homem mais jovem permite-se pedir ajuda, expressa melhor a dor e, deste modo, procura tratamento mais cedo”.

E como mudar esse cenário?

A informação cada vez mais disseminada da importância de se adotar hábitos saudáveis, praticar exercícios e ter atenção à prevenção em saúde vem mudando esse quadro, instaurando novos comportamentos e formas de pensar e agir.

Os conceitos de “envelhecimento saudável”, cada vez mais falados nos meios de comunicação, também ajudam a estimular essa mudança. “A visita de rotina ao médico é a melhor maneira de ter uma vida melhor, por mais tempo”, assegura Cidio Halperin”. Atualmente, a medicina oferece diversas possibilidades de diagnóstico e tratamento, e é muito positivo para o médico informar que a pessoa não tem nada”, garante. Ele destaca, ainda, que “a cardiologia, por exemplo, avançou muito na avaliação e cuidados com fatores de risco, sendo que a prevenção incentiva mudanças que podem reverter para melhor a qualidade de vida, independentemente da idade”.

Um aspecto positivo, ressaltado pelo urologista Marcus Falcão, é “que, mesmo quando o homem procura uma avaliação da próstata, por exemplo, acaba fazendo um rastreamento geral, que de outra forma não faria”.

O caso é que a falta de prevenção ou negação de sintomas causa sérios prejuízos à saúde. “O diabetes, por exemplo, por ser inicialmente ‘silencioso’ e não apresentar um sintoma/sinal específico que marque a doença, pode gerar inúmeras complicações, como risco de doenças cardiovasculares (infarto, acidente cerebral vascular), doença renal crônica, doença da retina relacionada ao diabetes. Por isso, é necessário identificar logo o diabetes e tratá-lo de forma correta e efetiva para que não surjam tais consequências”, reforça a endocrinologista.

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