Como conviver bem com a menopausa
A menopausa é a fase da vida da mulher caracterizada pela interrupção da capacidade reprodutora feminina. De acordo com a ginecologista e obstetra do Hospital Ernesto Dornelles, Dra. Maria Joanna B. Trento, muitas mulheres têm dúvidas sobre a diferença entre menopausa e climatério. “São dois termos que se referem à mesma fase da vida, mas servem para designar momentos diferentes desse processo. A menopausa é a pausa nos ciclos menstruais, considerada após 12 meses de amenorreia (ausência de menstruação). Já o climatério, é o conjunto de sintomas que surgem antes e depois da menopausa causados, principalmente, pelas variações hormonais típicas desse período e que podem ocasionar uma série de flutuações no ciclo menstrual”, explica.
Os sintomas mais comuns da menopausa são: calorões, choro fácil, cefaleia, dor nas relações sexuais, aumento da irritabilidade, insônia e diminuição da libido, entre outros. “O climatério é um fenômeno natural e que ocorre com todas as mulheres. Devido as quedas hormonais, haverá maior propensão a osteoporose, dislipidemia, alterações neurológicas, hipertensão arterial, diabetes, distúrbios urogenitais e doenças cardiovasculares”, diz.
O tratamento medicamentoso depende dos sintomas que a paciente relata, porém, ele pode ser realizado tanto com TRH (Terapia de Reposição Hormonal) quanto com antidepressivos, fitoterápicos e cremes vaginais sendo eles hormonais ou lubrificantes. “A TRH é um método muito eficaz para aliviar os sintomas do climatério e menopausa. No entanto, existem contraindicações que devem ser criteriosamente avaliadas pelo seu ginecologista, tais como: risco de doenças cardiovasculares, trombose, câncer de mama e endométrio e distúrbios hepáticos”, orienta.
Para conviver bem com a menopausa, é ideal que você pratique exercícios físicos regularmente, tenha o hábito da leitura para exercitar a mente e mantenha uma dieta balanceada. “Também é recomendado não fumar, evitar exposição solar exagerada e, em alguns casos após avaliação médica, iniciar a reposição hormonal”, finaliza.
Fonte: Dra. Maria Joanna B. Trento, ginecologista e obstetra, CRM/RS 37747