Pílula anticoncepcional: há razão para se preocupar?
Segundo o Ministério da Saúde, em comparação aos anos anteriores, houve diminuição da realização de ligaduras tubárias e um aumento no uso dos anticoncepcionais orais (AOs), que atualmente é a opção utilizada por cerca de 22% das mulheres entre 15 e 44 anos.
O uso dos meios anticoncepcionais é maior nas pacientes acima dos 30 anos e menor em adolescentes, por falta de orientação e adesão aos medicamentos. Os AOs não afastam doenças sexualmente transmissíveis, para tal medidas é necessário o uso do preservativo, principalmente nas relações com vários parceiros.
O médico ginecologista do HED, Dr. Carlos Dornelles, ressalta que todo anticoncepcional deve ter a assessoria de um profissional da saúde, pois o que é bom para uma paciente, pode não ser para outra.
As conhecidas pílulas podem ter benefícios, vantagens, mas também, efeitos adversos. Conheça os mais comuns:
Benefícios: diminuição da incidência de anemia, cólicas, gestação ectópica (fora do útero), doenças mamárias benignas, cistos de ovário e câncer de endométrio e ovário, do fluxo menstrual, de enxaquecas e dores mamárias. Além disso, os AOs não interferem na fertilidade da mulher e ainda melhoram os sintomas da Tensão Pré-Menstrual.
Efeitos adversos: náuseas, vômitos, distensão abdominal, mudanças de humor, sangramento de escape, amenorreia (ausência do sangramento), tromboembolismo venoso e mudança no peso corporal.
É importante lembrar que alguns medicamentos como certos antibióticos, anti-inflamatórios e anticonvulsivantes podem diminuir o potencial efeito dos anticoncepcionais, levando a uma gravidez indesejada, por isso a importância de consultar com seu médico de confiança para juntos acharem a melhor escolha.
Fonte: Dr. Carlos Ely Brenner Dornelles, médico ginecologista do Hospital Ernesto Dornelles. CRM: 10191.