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Oncofertilidade oferece a preservação da fertilidade para pacientes oncológicos

16-08-2021 à 31-12-1969

Tratamentos contra o câncer, como quimioterapia e radioterapia, podem comprometer o sistema reprodutivo feminino e masculino e causar infertilidade. Por isso, os Centros de Infusões e de Atenção à Saúde da Mulher (CAMHED) do Hospital Ernesto Dornelles estão oferecendo o serviço de oncofertilidade para atender os pacientes em idade reprodutiva que planejam ter filhos. 

A ginecologista do CAMHED, Dra. Rafaela Donato, especialista em infertilidade, explica como funciona o processo. “Os oncologistas informam sobre a possibilidade da perda da fertilidade e oferecem a opção de preservação de gametas. Se o paciente tem interesse, fazemos uma consulta de aconselhamento para que ele entenda os procedimentos e exponha o que espera do seu futuro reprodutivo. O tratamento de congelamento de óvulos e sêmen pode ser iniciado imediatamente nessa consulta”. 

Preservação da fertilidade

A manipulação dos gametas, coleta e armazenamento, é realizada em parceria com a clínica Insemine, especializada em reprodução assistida. “O congelamento de óvulos é um processo que dura, aproximadamente, duas semanas e consiste no uso de medicamentos e realização de ecografias. Assim que a paciente termina o procedimento está liberada para iniciar seu tratamento oncológico. A coleta do sêmen é feita da mesma maneira que é coletado o material para espermograma”.

Conforme a médica, o processo é seguro e não existem contra-indicações absolutas para a sua realização. Além disso, não é necessário realizar acompanhamento com um ginecologista. “Se o câncer não for de origem ginecológica, a paciente seguirá com o seu oncologista e manterá suas consultas ginecológicas anuais de rotina”.

No CAMHED, são realizadas consultas, além de acompanhamento clínico e ecográfico. O Centro também oferece a preservação de gametas para pessoas que desejam postergar a gravidez. “Temos muitas pacientes jovens que não apresentam nenhuma patologia, mas que, por motivos pessoais ou profissionais, preferem ter filhos em outras etapas da vida”.

Tratamento oncológico e a perda da fertilidade

A infertilidade pode ser uma consequência do uso de medicamentos quimioterápicos e da aplicação de radiação para destruir as células cancerígenas. Nas mulheres, a quimioterapia pode danificar óvulos e folículos ovarianos, onde ficam armazenados os óvulos e os hormônios sexuais, afetando a fertilidade ou provocando a menopausa precoce. Nos homens, este tipo de tratamento prejudica o crescimento e a multiplicação dos gametas, podendo acarretar na redução do número de espermatozoides produzidos pelo organismo.  

A radioterapia tende a ser ainda mais agressiva. Neste caso, o fator que pode ser decisivo é o local do tumor, já que as aplicações quimio ou radioterápicas próximas da região pélvica possuem mais chances de lesar as células germinativas, responsáveis pela criação de óvulos e espermatozoides.

A ginecologista Rafaela Donato ressalta, no entanto, que a perda da fertilidade dependerá do tipo de tumor, medicação utilizada e quantidade de doses, idade e potencial fértil de cada paciente. Mesmo assim, recomenda que o oncologista comente sobre essa possibilidade e ofereça opções para a preservação dos gametas, tanto para homens quanto para mulheres. “A infertilidade é uma das principais causas de insatisfação após o tratamento oncológico em pacientes em idade reprodutiva. Isso pode ser modificado. Devido ao aumento da sobrevida pós-câncer, temos que pensar cada vez mais na qualidade de vida desses pacientes”. 

O Centro de Atenção à Saúde da Mulher do HED (CAMHED) realiza atendimento por  convênio e particular. Para dúvidas e informações: WhatsApp (51) 99448-5414 ou telefone (51) 3217-8404.

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