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Câncer de colo de útero: veja como prevenir

30-03-2021

Com taxa de cura de 95% quando descoberto e tratado nos estágios iniciais, o câncer de colo de útero ainda é a quarta causa de morte por tumor entre as brasileiras, tendo uma taxa de mortalidade de 5,33% para cada 100 mil mulheres, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Ele é causado, principalmente, pelos vírus de alto risco do Papilomavírus Humano (HPV), encontrado em 99% dos casos.

Conforme a ginecologista do Centro de Atenção à Saúde da Mulher do Hospital Ernesto Dornelles (CAMHED), Razyane Audibert, estar infectada com o vírus é um fator necessário para o desenvolvimento do tumor, entretanto, não é suficiente para o seu aparecimento. “Na maioria das vezes, principalmente em mulheres com menos de 30 anos, a infecção é transitória e regride espontaneamente em até dois anos. Nos casos em que persistem, as pacientes podem desenvolver lesões precursoras (lesões intraepiteliais de baixo e alto grau), que são curáveis, se identificadas através do exame preventivo. Entretanto, se não forem tratadas adequadamente, podem evoluir para o câncer num intervalo de meses ou até anos”. 

Sintomas

Os sintomas nem sempre são perceptíveis, manifestando-se conforme o estágio da doença. Na fase inicial, normalmente, são assintomáticos. A evolução da infecção pode causar secreção vaginal amarelada, ciclos menstruais irregulares, escape intermenstrual, sangramento pós-coital e dor em baixo ventre (abaixo do umbigo). "À medida que a doença se apresenta em estágios mais avançados, a paciente pode apresentar anemia devido ao sangramento, bem como dor lombar e alterações de hábitos intestinal e urinário, devido ao comprometimento do reto e da bexiga”, explica a ginecologista. 

Diagnóstico

A identificação do tumor ocorre por meio de exames: citologia (coleta de papanicolau), colposcopia e histologia. A médica do HED esclarece que a citologia é utilizada no rastreamento de lesões iniciais e a colposcopia auxilia na identificação de lesões microscópicas. “A avaliação histológica, realizada por biópsia direta da lesão ou conização, é considerada o padrão-ouro para o diagnóstico. Já o exame clínico, com toque vaginal e retal, auxilia na localização e extensão da doença”.

Prevenção

A prevenção do câncer de colo de útero inicia na infância com a vacinação contra o HPV. Indicada para as meninas, dos 9 aos 14 anos, e para os meninos, dos 11 aos 14 anos, a vacina é aplicada em duas doses com intervalo de seis meses entre elas. Na fase adulta, o exame preventivo de rastreamento, o papanicolau, é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença.

O Ministério da Saúde recomenda que, a partir dos 25 anos, o teste seja realizado anualmente para mulheres imunocompetentes e sexualmente ativas. Após dois testes negativos consecutivos, com intervalo de um ano entre si, o rastreio pode passar a ser feito a cada três anos. No entanto, segundo a ginecologista, dependendo do caso, o papanicolau pode ser solicitado após um ano do início das atividades sexuais. “Mulheres com alguma imunodeficiência apresentam um risco maior de desenvolver o câncer, independentemente da idade. Por isso, indica-se a vacinação contra o HPV até os 45 anos e a realização do exame com maior frequência. A vacina e o Papanicolau são formas eficazes e que se complementam para prevenção do câncer de colo de útero”. 

Conforme os dados do INCA, o maior número de incidência da doença ocorre em mulheres na faixa dos 50 anos de idade. Para 2021, a estimativa é que sejam descobertos mais de 16 mil novos casos no País.

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