Lúpus: conheça a doença autoimune que afeta principalmente as mulheres
O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis por entender haver “algum agente inimigo” no corpo, que na verdade não existe. Pode envolver qualquer parte do organismo, desta forma, muitos podem ser os sinais e sintomas, tais como febre, aumento dos linfonodos, cansaço, manchas na pele que pioram com exposição solar, queda de cabelo, dor nas juntas, dor no peito que piora com a respiração, urina escura e espumosa, inchaço nas pernas, anemia, diminuição das plaquetas e alterações neuropsiquiátricas.
O seu diagnóstico muitas vezes é desafiador, dependendo muito da avaliação médica e do acompanhamento do paciente. Não existe um exame que isoladamente possa defini-lo.
Não há como prever se uma pessoa terá ou não Lúpus. A doença não é infectocontagiosa. O importante é saber quais sintomas são mais comuns e quando deve procurar assistência médica e qual especialidade recorrer.
Entenda algumas características dessa doença e como combatê-la.
Fatores relacionados com seu surgimento:
Alterações genéticas, fatores ambientais (infecções virais, radiação solar, tabagismo) e fatores hormonais como o estrogênio, o que ajuda a explicar a maior prevalência em mulheres.
Perfil dos pacientes:
As mulheres são mais afetadas, especialmente na idade reprodutiva. Também pode ocorrer em crianças, onde costuma ser mais grave, e em idosos, onde geralmente é mais branda.
Tratamento:
Não existe cura, mas existe tratamento que mantém a evolução da doença, regulando as alterações do sistema imune e controlando as manifestações agudas.
Hábitos saudáveis como dieta balanceada, prática de exercícios físicos, evitar tabagismo, repor vitamina D e evitar exposição à radiação solar (também lâmpadas fluorescentes) são importantes aliados. Também é necessário fazer as vacinas conforme calendário vacinal e manter acompanhamento psicológico dos pacientes. Uma outra dica é evitar a reposição hormonal e o uso de anticoncepcionais com estrogênio.
A gestação no Lúpus é possível, desde que a doença esteja sob controle por, pelo menos, 6 meses e a paciente não esteja usando medicação que possa causar problemas ao bebê. Esta situação deve ser sempre discutida antes com o médico.
Fonte: Dr. Odirlei Andre Monticielo, médico reumatologista do Hospital Ernesto Dornelles. CRM: 27199.