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Como diferenciar a paixão por games do vício em jogar?

17-04-2018

Pode-se dizer que o íngreme avanço tecnológico e o acesso cada vez mais facilitado à internet tem mudado drasticamente a humanidade, sendo habitual dividir as pessoas entre os que nasceram antes e após a internet. Obviamente, o modo como utilizamos nosso tempo livre também passou por profundas modificações.

Nossos dispositivos, que antes eram de enormes proporções e de uso exclusivamente acadêmico, se tornaram mais versáteis e hoje cabem nos nossos bolsos. Atualmente, não os utilizamos somente para fazer ligações, mas, também, para nos mantermos informados do que acontece no mundo, em nosso meio social, para realizar movimentações financeiras, decidir os melhores caminhos em uma cidade congestionada, etc.

Os jogos eletrônicos revolucionaram o entretenimento. Apesar do que os pais alarmados pensam, o hábito de jogar videogames, se praticado de modo saudável, pode auxiliar no desenvolvimento de várias habilidades, como: velocidade de raciocínio, capacidade de solucionar problemas e agilidade motora. A modalidade de esportes eletrônicos, ou e-games, pode ser inclusive um aliado no combate ao sedentarismo, ou no tratamento de doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson.

Diante deste cenário, um importante questionamento: o que levou a Organização Mundial de Saúde e a Academia Americana de Psiquiatria, a denominar o vício em jogos eletrônicos uma nova doença?

O neurologista do HED, André Palmeira, esclarece que hábitos praticados de maneira excessiva, a ponto de interferir no funcionamento normal dos indivíduos ou ocasionar danos, pode ser definido como vício. Há importantes alterações nos cérebros de pessoas viciadas, principalmente na região responsável pela sensação de prazer.

Nosso cérebro é induzido a procurar o que nos traz recompensa e, quando o estímulo é exacerbado, geralmente aquele fator que o desencadeou tende a ser o mais procurado, e outras coisas que também são importantes (ex: alimentar-se, dormir, interagir socialmente) passam a ser negligenciadas.

A retirada deste mesmo estímulo pode levar, no caso do vício, à síndrome de abstinência, sentimento desconfortável, eventualmente associado, inclusive, a sintomas físicos (como no caso das drogas de abuso), se não for reposto. No caso do vício em videogames, o que se vê é um aumento no tempo e frequência de jogo de caráter progressivo, ou seja, tende a piorar, levando a pessoa a abandonar atividades como o trabalho e os estudos.

Embora ainda em processo de caracterização, quer dizer, ainda se necessita de maiores estudos para entender a doença, o reconhecimento deste hábito nocivo é importante para que se procure auxílio precocemente, evitando os efeitos prejudiciais. A equipe que trata deste problema é interdisciplinar e envolve psiquiatria, psicologia, terapia ocupacional, educação física, dentre outros profissionais.

Por ser uma doença principalmente de adolescentes e adultos jovens, é importante que os pais estimulem o uso saudável destas tecnologias, ao invés de proibi-las completamente.

Manter o convívio social e a prática de outros interesses e atividades é extremamente importante para a promoção de uma boa saúde mental, sem se desvencilhar dos avanços inexoráveis da tecnologia.

Fonte: Dr. André Palmeira, neurologista do Hospital Ernesto Dornelles. CRM: 37656.

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