Saiba como combater a tuberculose
A tuberculose é uma doença de longa interação com a humanidade, com registros em múmias do Egito, inclusive. Com transmissão através do ar, a aglomeração de pessoas é o principal fator de transmissão.
A contaminação se dá pela inalação dos bacilos transmitidos de pessoa para pessoa, portanto, não é transmitida por contato físico (abraço, beijo) ou por via sexual. O indivíduo com tuberculose expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo, contaminando-o. Má alimentação, falta de higiene, tabagismo, alcoolismo ou qualquer outro fator que gere baixa resistência orgânica, também favorece o estabelecimento da doença.
Segundo o Ministério da Saúde, desde o advento da SIDA/AIDS, essa patologia passou a representar uma parcela significativa dos doentes, muitas vezes mais agravados pelo avançado estado de comprometimento imunológico dos pacientes, que acaba levando a formas mais graves e com maior risco de mortalidade, especialmente em situações de tratamento tardio, incompleto ou falho.
A tuberculose, embora transmissível pelo ar e tendo os pulmões como foco de contaminação e de transmissão, pode ocorrer em qualquer órgão. Ainda que classicamente relacionada aos jovens, também não possui limites de idade, podendo acometer desde recém-nascidos até idosos.
Algumas situações, como más condições sanitárias (por consequente, ventilação) ou algumas doenças como diabetes, doenças pulmonares ocupacionais e tumores, por diferentes motivos podem predispor os indivíduos a maior exposição e/ou maior incidência da doença.
De qualquer modo, a recomendação para avaliação de pessoas com tosse que persista por mais de três semanas, seca ou produtiva (com expectoração/escarro), é ainda a melhor abordagem para identificação precoce, tratamento o mais rápido possível e interrupção da cadeia de transmissão.
Outros sintomas associados que devem levantar a suspeita são a perda de peso sem causa aparente, sudorese noturna, febre, especialmente pela manhã, falta de apetite, fraqueza, cansaço excessivo e rouquidão.
O pneumologista do HED, Maurício Leite, ressalta que a tuberculose é uma doença curável, com tratamento monitorado e acompanhado, permitindo a completa cura do paciente sem sequelas ou limitações para sua vida. O tratamento à base de antibióticos é eficaz, no entanto, não pode haver abandono.
Dr. Maurício Mello Roux Leite, pneumologista do Hospital Ernesto Dornelles.
CRM: 14779
Fontes externas: Ministério da Saúde