Confirmado o primeiro caso de “febre do Nilo” no país
O Ministério da Saúde confirmou ontem o primeiro caso no país de uma infecção conhecida como “febre do Nilo”, em um trabalhador rural do Piauí. O nome da doença ocorre por ser originária do Egito, norte da África. O caso estava em investigação desde agosto, quando o paciente apresentou encefalite (inflamação do cérebro).
O governo trata o caso como isolado e diz que investiga a forma de transmissão e como o vírus chegou ao país. Em nota, nega a possibilidade de ocorrer uma epidemia e afirma que o caso “não representa risco para a saúde pública do Piauí e do Brasil”.
Após os primeiros sintomas, o paciente apresentou dificuldades para andar e terá de passar por fisioterapia. Segundo a pasta, ele estava internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina, e teve alta nos últimos dias.
TRANSMISSÃO DA DOENÇA AINDA É UM MISTÉRIO
Ainda não há confirmação de como o vírus chegou ao país. Uma das hipóteses é de que ele tenha sido transmitido após um mosquito picar uma ave contaminada e, em seguida, transformar-se em vetor da doença. O vírus é transmitido por mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex.
Outros países, como Estados Unidos, já apresentam relatos de aparição da doença – uma das possibilidades investigadas é que o vírus tenha chegado ao Brasil por uma ave migratória, por exemplo.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 80% dos casos em humanos não apresentam sintomas. Os outros 20% apresentam manifestações semelhantes às da gripe, como febre, fadiga, dores de cabeça e musculares ou articulares. Menos de 1% dos humanos infectados ficam gravemente doentes.
Ainda segundo o Ministério, não existe tratamento específico para a “febre do Nilo”. O paciente fica hospitalizado em observação para suporte e controle de novas infecções. Além do trabalhador que teve o caso confirmado no Piauí, outras quatro pessoas da região apresentaram sintomas, mas os exames descartaram a doença
Veículo
Zero Hora