Brasil reforça ajuda contra ebola
Equipamentos, alimentos e recursos devem ser enviados ao oeste da África, onde 3,4 mil pessoas morreram depois de infectadas pelo vírus na mais severa epidemia da moléstia já verificada desde sua descoberta pelos cientistas há 37 anos
O Brasil deve anunciar nos próximos dias uma ajuda adicional para o combate ao ebola no oeste da África. A decisão atende a pedido feito à presidente Dilma Rousseff pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante Assembleia-geral das Nações Unidas, há duas semanas.
A expectativa é de que equipamentos, alimentos e recursos financeiros sejam enviados à região da epidemia.
O volume de doações do Brasil foi criticado recentemente por organizações não-governamentais que atuam no continente africano. Enquanto o país entregou R$ 1 milhão, Índia doou US$ 12 milhões, África do Sul, US$ 3 milhões, e China, US$ 36 milhões, por exemplo.
Na manhã de ontem, o tema foi discutido em reunião entre os ministros Luiz Alberto Figueiredo, das Relações Exteriores, Arthur Chioro, da Saúde, e Celso Amorim, da Defesa, além de um representante da Secretaria-geral da Presidência.
– É uma demanda que deve ter sido feita a outros países também – disse o porta-voz do Itamaraty, Antônio Tabajara.
OMS PREVÊ NOVOS CASOS NO CONTINENTE EUROPEU
No resto do mundo, autoridades de saúde estão sendo forçadas a reexaminar sua prontidão para uma doença que afeta Serra Leoa, Guiné e Libéria desde março, deixando mais de 3,4 mil mortos, total que representa mais da metade dos infectados.
Na Europa, a diretora europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), Zsuzsanna Jakab, afirmou ontem que são quase certos novos casos de ebola depois que a auxiliar de enfermagem espanhola Teresa Romero se tornou a primeira pessoa a ser infectada pelo vírus fora da África.
– Incidentes são praticamente inevitáveis no futuro em razão das viagens europeias para países afetados e vice-versa – disse a representante da organização.
Veículo
Zero Hora