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31 de Janeiro - Dia de Combate a Hanseníase

22-01-2016

No passado, chamada de Lepra, a Hanseníase é uma doença bacteriana, infecciosa e contagiosa, causada pelo Mycobacterium Leprae. Existem registros da antiguidade desta doença, registrados na literatura, com casos descritos na China, Egito e Índia, antes da Era Cristã. A Hanseníase se tratada é uma doença curável, caso contrário pode adquirir contornos graves e até fatais. 

A transmissão do Mycobacterium Leprae, se dá através de contato íntimo e prolongado com o doente não tratado. Embora sendo uma doença da pele é transmitida através de gotículas que saem do nariz ou através da saliva do doente. O contato pele a pele não transmite a doença. 

A doença afeta o organismo como um todo, primordialmente a pele, mas também os olhos, os nervos periféricos e eventualmente outros seguimentos corpóreos. O período de incubação é prolongado, podendo chegar até 6 (seis) anos, para que a doença se manifeste. Penetrando no organismo, o sistema imunológico individual do paciente inicia uma luta contra a bactéria.

O primeiro e principal sintoma se constitui no aparecimento de manchas de cor parda, avermelhada, ou até brancacenta. Via de regra, as lesões são pouco visíveis e com limites imprecisos ou borrados. As áreas afetadas pela doença apresentam perda da sensibilidade térmica, perda de pelos e ausência de suor. Quando atinge o nervo da região onde se manifestou a doença, causa dormência e perda de tônus muscular local.

Existem quatro formas clínicas da doença: 

Tipo 1: indeterminada; 
Tipo 2: tuberculóide; 
Tipo 3: borderline ou dimorfa; 
Tipo 4: wirchoviana, também chamada de forma aberta.


1.INDETERMINADA 
Via de regra o paciente portador da hanseníase indeterminada possui manchas hipo crômicas sobre o corpo, arredondadas, aos quais normalmente ocorre alterações da sensibilidade ao tato e a temperatura, ou seja, o indivíduo perde ou tem diminuída sua sensação térmica ou tato

2.TUBERCULÓIDE
Normalmente tem poucos bacilos, causa neurites, ataca o sistema nervoso periférico, eventualmente causa deformidade em membros superiores e superiores, mão em garra. Virtualmente não contagiosa, é considerada uma forma benigna “para os circundantes’ maligna para seu portador. A patologia é paucibacilar (poucos bacilos). Pode causar dor, fraqueza e atrofia muscular.

3.BORDERLINE
Forma intermediaria da doença, há mais manchas na pele e cobrindo áreas mais extensa. Em muitos casos é difícil precisar onde começa e onde termina a lesão.

4.VIRCHOWIANA
 É a forma mais severa e grave da hanseníase. É multibacilar (muitos bacilos) e é contagiosa. Os edemas(inchaço) são generalizados e surgem erupções cutâneas, dormência e fraqueza muscular. Nesta forma de hanseníase podem ser afetados os rins, o nariz e os órgãos reprodutores masculinos.

Dentre as formas eficazes de prevenir a doença estão a manutenção do sistema imunológico eficiente, através de boa alimentação, prática regular de atividade física, condições de higiene aceitáveis, enfim, manter o organismo forte, a ponto de combater a doença, caso entre em contato com o bacilo. 

É importante a conscientização dos familiares e conviventes com doente diagnosticado, da necessidade das Unidades Básicas de Saúde, distribuídas pelo país, para que se submetam a avaliação e acompanhamento. Assim conscientizados, e se, eventualmente contaminados, obterão diagnóstico precoce, tratamento correto, e, portanto, em tese, cura mais rápida, bem como, evitar o alastramento da doença. 

Hoje o tratamento é dominado mundialmente, oferecido com gratuidade pelos países e borbulham campanhas para erradicar o mal. Os países menos desenvolvidos, superpopulosos e reconhecidos como precários em termos de higiene, são onde a incidência é maior. No Brasil, em 2011, o Ministério da Saúde registrou em torno de 35 mil casos da doença, principalmente em algumas áreas dos estados de Mato Grosso, Pará, Maranhão, Rondônia, Tocantins e Goiás.

 

Dr. José Carlos Riccardi Guimarães
Dermatologista
CRM 10105


Fontes consultadas:

Doenças Infecciosa com Manifestações Dermatológicas- 1994-Machado Pinto, Jackson
Manual de dermatologia- 1990- Cucé, Luiz Carlos- Festa Neto, Cyro
Portal do Governo Federal- Ministério da Saúde- janeiro de 2016

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