Os perigos da automedicação
O fácil acesso a medicamentos pode ser um risco à saúde. Segundo a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), cerca de 20 mil mortes anuais no Brasil são causadas pelo uso indevido de medicamentos. Bárbara Borba, farmacêutica do Hospital Ernesto Dornelles, alerta que a automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas, pode trazer consequências mais graves do que se imagina, podendo acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas.
Os riscos da automedicação são hipersensibilidade, resistência bacteriana, dependência, intoxicação e até a morte. É importante também seguir a dosagem e o intervalo indicado pelo médico, já uma dose maior pode causar até a piora da doença. “É muito importante conhecer os efeitos de uma substância antes de ingeri-la. Por isso, é imprescindível consultar os profissionais capacitados para receitar medicamentos, a fim de melhorar a sua saúde e os sintomas”, reforça Bárbara.
Para diminuir a automedicação, recentemente foi proibida a venda de antibióticos sem prescrição médica. Além disso, a automedicação pode esconder o avanço de alguma doença grave. “A automedicação é sempre inadequada e pode ter efeitos colaterais desagradáveis, além de 'mascarar' uma doença mais grave, que poderia ser diagnosticada caso os medicamentos não tivessem sido ingeridos” finaliza a farmacêutica.
Algumas dicas:
- Só tome medicamentos indicados por seu médico;
- Prefira ingerir medicamento com água;
- Guarde seus medicamentos em local seco e arejado; e
- Leia a bula e siga as orientações de armazenamento contidas na embalagem.
Bárbara Borba CRF: 7574